No outro dia, vi um documentário, onde a palavra dominava a rejeição das pessoas, não o vi todo, mas chegou perfeitamente as partes que vi, transportei-me para o papel daquelas mulheres, ao qual eram as rejeitadas pelos homens. Parei para pensar nelas, que choravam por não terem sido correspondidas, ou porque eram gordas ou porque não pertenciam ao perfil desenhado pelos homens.
Por ter pensado demais, achei por bem mudar as minhas atitudes, talvez para melhor, talvez para pior, creio que para melhor, a minha faceta agora é: castigar. Quero ilibar a ignorância, a rejeição, o ser 2º plano, já construí essa ideia, há algum tempo, não sei quando, talvez tenha sido, quando parei para pensar no que me estava a acontecer. Vi o afastamento cada vez mais de perto, o que me levaria a pensar, que a pessoa casada comigo estaria a pensar em mim a toda a hora? enquanto “cobiçava” via net com outras pessoas? Nada.
O silêncio torna-se cúmplice das minhas atitudes, talvez por ter pensado muito, arranjo pensamentos sólidos, frases feitas e atitudes programadas.
O meu Amor está envenenado, ao caminhar deixo cair pedaços de felicidade, momentos para mais tarde recordar de como fui feliz. Todos os dias, penso e penso e torno a pensar e não chego a nenhuma conclusão, afinal o que é o Amor? Nada? Uma palavra? Um som? Ou um sentimento qualquer, que se aplica a qualquer pessoa? Não sei, nem quero saber, é apenas uma palavra “banal”, como todas as outras, expressões: “gosto de ti”, “Amo-te”, “adoro-te”, “quero-te”, etc., nada já faz sentido, são apenas palavras que envolve mais tarde a rejeição de tanto as ter dito. Todas estas palavrinhas acabam por se tornar obrigatórias? Tal como a rejeição é quase uma forma obrigatória? Mas será assim tão fácil de fazer? Sim, é fácil, o não haver diálogo é mais fácil de a adquirir, da mesma maneira que é fácil de estar só.
A vida a dois torna-se extenuante quando um dos parceiros não contribui para o diálogo, talvez a culpa tenha partido de um de nós ou mesmo de mim. Não sou uma pessoa de muitas palavras, nem abro a alma, reservo-me e escondo-me na escrita, nos meus registos, que estão nos pensamentos, a felicidade abrigo-a no coração. Admito que tenha sido a responsável desta rejeição, tentei dar a volta de uma maneira mais suave e pelo que me apercebi não deu resultado, quis que tudo voltasse a ser como antes, mas sem sucesso, eu acabava por estragar tudo. Pensava no que fazia mais tarde e realmente vi que errei em muita coisa, os ciúmes principalmente, a falta de confiança que veio atrás, a falta de diálogo, em tudo eu estava errada, cada vez que olho para a minha figura passada, lamento por ter sido assim, mas de repente acordei e li todos os meus pensamentos, chorei pela miséria do meu ser, ser tão lamentável, tão compreensivo, coerente, de tudo o que tinha feito, nunca valeu a pena o seu esforço feito, as palavras ditas, agora vou desagravar do quê? De tudo, vou-me tornar numa pessoa insensível ao “Amor”, agora quero pagar da mesma moeda tudo, a minha tristeza e a fraqueza do meu eu. Mas com o meu feito será que vou conseguir? Bem o ideal é pensar positivo, desafiar o meu ser, ver até onde vou conseguir chegar e depois tirar as conclusões se valeu a pena ou não.
Ficarei à espera dos resultados, para depois poder dar as respostas a todas estas perguntas felizes e infelizes.