Medusas que me lêem agora ...

domingo, 14 de outubro de 2007

A Rejeição!?


É de lamentar a rejeição.




No outro dia, vi um documentário, onde a palavra dominava a rejeição das pessoas, não o vi todo, mas chegou perfeitamente as partes que vi, transportei-me para o papel daquelas mulheres, ao qual eram as rejeitadas pelos homens. Parei para pensar nelas, que choravam por não terem sido correspondidas, ou porque eram gordas ou porque não pertenciam ao perfil desenhado pelos homens.



Por ter pensado demais, achei por bem mudar as minhas atitudes, talvez para melhor, talvez para pior, creio que para melhor, a minha faceta agora é: castigar. Quero ilibar a ignorância, a rejeição, o ser 2º plano, já construí essa ideia, há algum tempo, não sei quando, talvez tenha sido, quando parei para pensar no que me estava a acontecer. Vi o afastamento cada vez mais de perto, o que me levaria a pensar, que a pessoa casada comigo estaria a pensar em mim a toda a hora? enquanto “cobiçava” via net com outras pessoas? Nada.



O silêncio torna-se cúmplice das minhas atitudes, talvez por ter pensado muito, arranjo pensamentos sólidos, frases feitas e atitudes programadas.



O meu Amor está envenenado, ao caminhar deixo cair pedaços de felicidade, momentos para mais tarde recordar de como fui feliz. Todos os dias, penso e penso e torno a pensar e não chego a nenhuma conclusão, afinal o que é o Amor? Nada? Uma palavra? Um som? Ou um sentimento qualquer, que se aplica a qualquer pessoa? Não sei, nem quero saber, é apenas uma palavra “banal”, como todas as outras, expressões: “gosto de ti”, “Amo-te”, “adoro-te”, “quero-te”, etc., nada já faz sentido, são apenas palavras que envolve mais tarde a rejeição de tanto as ter dito. Todas estas palavrinhas acabam por se tornar obrigatórias? Tal como a rejeição é quase uma forma obrigatória? Mas será assim tão fácil de fazer? Sim, é fácil, o não haver diálogo é mais fácil de a adquirir, da mesma maneira que é fácil de estar só.



A vida a dois torna-se extenuante quando um dos parceiros não contribui para o diálogo, talvez a culpa tenha partido de um de nós ou mesmo de mim. Não sou uma pessoa de muitas palavras, nem abro a alma, reservo-me e escondo-me na escrita, nos meus registos, que estão nos pensamentos, a felicidade abrigo-a no coração. Admito que tenha sido a responsável desta rejeição, tentei dar a volta de uma maneira mais suave e pelo que me apercebi não deu resultado, quis que tudo voltasse a ser como antes, mas sem sucesso, eu acabava por estragar tudo. Pensava no que fazia mais tarde e realmente vi que errei em muita coisa, os ciúmes principalmente, a falta de confiança que veio atrás, a falta de diálogo, em tudo eu estava errada, cada vez que olho para a minha figura passada, lamento por ter sido assim, mas de repente acordei e li todos os meus pensamentos, chorei pela miséria do meu ser, ser tão lamentável, tão compreensivo, coerente, de tudo o que tinha feito, nunca valeu a pena o seu esforço feito, as palavras ditas, agora vou desagravar do quê? De tudo, vou-me tornar numa pessoa insensível ao “Amor”, agora quero pagar da mesma moeda tudo, a minha tristeza e a fraqueza do meu eu. Mas com o meu feito será que vou conseguir? Bem o ideal é pensar positivo, desafiar o meu ser, ver até onde vou conseguir chegar e depois tirar as conclusões se valeu a pena ou não.


Ficarei à espera dos resultados, para depois poder dar as respostas a todas estas perguntas felizes e infelizes.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

O Atormento


Vivo em constante atormento na minha vida, não sei mais como pensar, nem como falar, não sei como agir, vivo em perseguição do destino, sinto-me perdida.

Vejo o mundo a voltar-se contra mim sem razão, vivo com os meus pensamentos confusos, sem reacções a qualquer coisa que se dirija a mim é como se estivesse no deserto sem nada há minha volta.

Não quero ter razão do que sei, nem quero ser abalada pela razão.

Vivo no desconforto da natureza, a minha pessoa deixou de ser o que era, já mais o que era. Por vezes estou triste outras estou contente, gostaria de partilhar mais a minha felicidade para fazer as outras pessoas feliz mas não, não consigo tenho um sentido de humor triste (hoje), talvez vergonha, talvez receio, talvez...

Tudo na vida faz as pessoas felizes outras infelizes, eu não sei onde me encaixo, sinto-me como uma criança abandonada que precisa da mãe para a orientar. A vida é feita de alto e baixos e a minha vive, no momento em baixo, não sei por onde pegar para levar essa tristeza para longe, gostava de a enterrar debaixo de uma pedra gigante sem que ninguém soubesse dela.

Deito todos os dias as mãos há cabeça há procura de uma solução para resolver toda a confusão que se instala em mim, no meu corpo. Todos os dias ele (o meu corpo) se queixa que tudo está mal e poderia estar melhor, sinto-me desconfortada com tudo o que visto, tudo o que vejo, nada me agrada, queria ir para outro planeta para ver o que de bom poderá haver.

Confio na esperança, que tudo se enterre nessa tal pedra gigante.
Derramo lágrimas sem fim pelo meu rosto fora, fuma-se um cigarro e vê-se o fumo a desaparecer, ouve-se a música e canta-se, chora-se pelos pensamentos, chora-se pela vida simplesmente se chora.

Tudo o que é bom dura o tempo para ser inesquecível.

Olho-me ao espelho e olho-me nos olhos vejo no fundo uma profunda tristeza, hoje não sei porque me sinto assim, desconfortada sei lá, não me sinto bem comigo mesma, sinto no ar uma falsa alegria da minha parte, quero estar feliz, quero mostrar que estou feliz mas hoje não, falta-me qualquer coisa para preencher o vazio que tenho dentro de mim, mas porquê hoje? Não tenho resposta para essa pergunta.

Os meus pensamentos vagueiam por aí e ainda não os apanhei para os concertar, sei que preciso de os concertar para voltar a estar feliz mas quando é que os vou apanhar? Amanhã talvez.

Estava eu a fazer o jantar quando vou para a janela da minha cozinha fumar um cigarro, olho para a rua e vejo crianças a brincar nos baloiços, lembrou a minha infância e lembrou a minha filha o quanto tenho saudades dela, choro por ela estar longe mas sei que está bem falo com ela dia sim dia não, mas não é a mesma coisa de quando ela está presente, serão as saudades o grande motivo desta tristeza? Não sei.

Vagueio pelo negro da escuridão, e no fundo encontro uma luz que me leva ao caminho da alegria, mas nunca mais chego, o caminho é longo demais para eu ir depressa, ou sou eu que vou depressa e o caminho estende-se cada vez mais? Estou preocupada, porque tudo me foge vejo as coisas a voar como penas sem pássaros que vão sem rumo.

Procuro um cantinho para me esconder, um cantinho acolhedor onde posso estar por muitos anos, não quero ouvir ninguém, não quero ver ninguém, não quero sentir ninguém quero estar comigo só, a mente e o corpo.

Porque peço algo que nunca se vai concretizar? Será a minha mente que pede? Serão os meus pensamentos que o querem? Pois é, são coisas que nunca irão acontecer, pois tenho alguém onde posso arranjar alegria, dar-me a energia e a força que me falta.

Começo a ficar mais contente, ouvi de longe uma voz que me fez sorrir, mas ainda não encontrei o caminho para poder dar continuidade a essa alegria, quero me fazer de forte, quero levantar-me do chão de onde estou, mas as feridas que tenho são muito profundas e não tenho forças para as poder curar.
Onde vou parar se continuar assim? Porque consigo eu dar conselhos aos outros e eu não os aplico a mim? Porque ajudo os outros e não me ajudo a mim?
Será porque é mais fácil ver os problemas dos outros e não os meus? Porque não olho para dentro de mim e me dou conselhos? É difícil, muito difícil, não aceito os conselhos dos outros, ou será a minha pessoa que não a aceita? Ou a minha ideia já está tão formada que tudo o que ouço faz ricochete, não consigo esclarecer todas estas perguntas que me atormentam dia e noite, mas porque é que tudo não tem um sentido único, porque é que tudo é um problema?
Os problemas nascem porque os criamos, precisamos de os criar... e com tantos problemas a haver resolve-se alguma coisa ou atenua-se para depois voltar? Lá vai mais uma pergunta que ficará por responder.
Começo a olhar para o texto que estou a escrever e pergunto-me porque estou triste, chorosa, sem vontade de nada? devo de ter perdido o juízo, a única resposta que posso dar a este texto é o que me vai na alma, gosto de escrever porque descarrego toda a minha tristeza e fico com consciência mais livre. O que escrevo é apenas o meu registo da tristeza que não posso falar.