Medusas que me lêem agora ...

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Foi ou não foi?


Quando ela parte, parte por alguns dias ou parte para sempre? Não sei, mas já algum tempo que não a sinto, será que a pus de lado? Ou fiz esquecer por alguns dias? Quando é que ela volta? Por vezes sinto saudades dela, outras vezes nem a quero ter ao pé de mim. Quando voltar, gostava de conversar com ela para poder esclarecer alguns pontos que ficaram no obscuro. Soube que ela é muito sentimental e provoca nas pessoas um sentimento muito desgostoso, quando a sinto, o desgosto que me provoca é grande e profundo, deixando marcas degradadas no meu mais que infinito.
Voltei, há minha vidinha de trabalho casa, casa trabalho, estou mais que bem para continuar a tê-la assim. Não suporto estar sem fazer nada que me valha de algum prazer, estou distraída e gozo a vida assim, por vezes ela aparece, caminho ao lado dela alegremente, faço dela o meu parceiro de trabalho, zango-me com ela, quando quer meter demais. Por enquanto não faço caso da sua presença, mas quando preciso ela aparece, entra devagarinho e apoia-me com todo o seu sentido de ser, gosto dela assim.
Falo de alguém que eu quero quando me apetece, imagino-a uma pessoa a quem eu respeito muito. Ela sente o que eu sinto e sei estimar o que ela quer que eu sinta.
Ela é a parceira da alegria, fazem parte do nosso humor. Logo pela manhã o nosso humor escolhe como quem quer caminhar ao lado o resto do dia. É engraçado que sem dar-mos por isso, a disposição muda repentinamente, esquecem-se os problemas do momento, apaga-se a imagem anterior e muda-se para uma nova “figura”, tudo depende dos ambientes onde nos encontramos, será por isso, que estamos a ser hipócritas ao ponto de a disfarçarmos com a alegria? Sim é isso mesmo, somos hipócritas a esse ponto, esconder das pessoas o que sentimos ou estamos a sentir, mas porque o fazemos? Queremos esconder aquilo que todas as outras pessoas também sentem? (Falo por mim) Sim escondo algo das pessoas, não quero que elas me vejam acompanhada da tal, estou a ser hipócrita, é a minha maneira de ser, não gosto de dar a conhecer o meu ela. Assim vivemos as duas num lugar recôndito, há parte do mundo, passamos discretamente por toda a gente, ninguém sabe quem é quem, eu cubro-a com um simples sorriso e ela mostra o meu lado feliz.
Desde há muito que não me sinto uma pessoa alegre, adoro rir e chorar de tanto rir, parecendo uma louca, ria de todos e ria por nada, momentos felizes, mas de súbito as coisas deixaram de ter piada, o que se passou? Não posso responder, porque não sei o que aconteceu. Talvez tenha sido ela que me levou esse lado risonho para o além, onde terei que o alcançar o mais rápido possível, para não continuar a viver nesta amargura, de um sonho que à partida devia ser o mais feliz. Quero e vou conseguir tê-lo de volta, Como? Não sei, terei que dar mais voltas à minha cabeça para a poder conquistar. Será que recebo algo em troca?
Mas afina, Foi ou não foi?

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